Obras de misericórdia em
Campo Grande (Rio de Janeiro, Brasil)
Works of Mercy in Campo Grande (Rio de Janeiro,
Brazil)
Œuvres de miséricorde à Campo Grande (Rio de Janeiro,
Brésil)
Obras de misericordia en
Campo Grande (Río de Janeiro, Brasil)
O Ano da Misericórdia
terminou. Mas sabemos que a tarefa de fazer presente a misericórdia no mundo
continua a ser uma emergência. Este Ano Santo foi uma ocasião para iniciar
projetos que continuam ainda e vão alcançar maior extensão. Este é o sentido do
acolhimento das “pessoas de rua", que se iniciou na paróquia de "Nossa Senhora do Desterro",
em Campo Grande (Rio de Janeiro,
Brasil). O pároco, Paulo Roberto Teixeira de Abreu sscc, diz-nos.
As Obras de
Misericórdia corporais e espirituais são para os cristãos uma forma direta,
simples e completa para manifestar aos seres humanos, homens e mulheres de
nosso tempo, ainda que de forma humana e limitada, um exemplo da imensa
misericórdia que brota do coração de Deus, rico em bondade e amor. O olhar
misericordioso de Deus sobre nossas debilidades e pecados, sua ação salvadora
que nos liberta de nossos males e dos males do mundo nos torna conscientes
desta tarefa humana: sermos capazes de manifestar ao mundo este mesmo amor e
misericórdia.
De forma
específica, o Ano Santo da Misericórdia
nós faz retomar esta atitude básica e fundamental de nossa fé: "Sede misericordiosos como vosso Pai é
Misericordioso". Graças a este apelo trazido pelo Papa Francisco,
diversas famílias, comunidades, grupos, entidades e mesmo pessoas individuais,
motivadas por esta reconvocação à misericórdia, estão dando passos em direção a
uma vida mais comprometida e aberta às necessidades das pessoas que mais sofrem
em um mundo marcado pela injustiça e exclusão, e assim, ajudam a vencer a
"globalização da indiferença".
Em nossa
Comunidade Paroquial, Nossa Senhora do
Desterro, que tem um longo histórico de atividades e projetos nesta direção;
diante de um grande desafio que é a dura e complexa realidade das pessoas em
situação de rua, ou como costumamos chamá-los: "moradores de rua"; iniciou um trabalho de apoio a estas
pessoas que vivem próximas de nós.
Motivados pelo Ano
da Misericórdia e questionados por uma realidade onde as pessoas que vivem na
rua enfrentam sozinhas uma luta diária contra a fome, a exposição ao frio, ao
calor, chuvas. Muitas vezes culpabilizados pela sociedade por causa da situação
em que se encontram, da mesma forma como generaliza seu estado, ignorando a
singularidade de cada indivíduo, onde a indiferença cria uma invisibilidade
geradora de várias e graves violações, tratando essas pessoas como um perigo,
uma ameaça e ate mesmo com desejo de eliminá-las, apoiando um sistema que mata
de forma lenta e silenciosa; chegamos a conclusão que podemos abrir uma
porta:
Com um grupo de
voluntários, leigos, leigas, religiosos, começamos a acolher uma vez por
semana, todas as segundas feiras pela manha, pessoas em situação de rua como um
serviço de apoio e ponte para nos aproximar de sua realidade, conhecer algo de
suas vidas e ajudar no que for possível e necessário. O projeto consiste
inicialmente em abrir uma porta
todas as segundas feiras de manhã, oferecer um espaço para higiene pessoal,
banho, tolha, roupa, corte de cabelo, uma refeição: café com leite e pão com
manteiga e atender da melhor forma possível como e com o que cada um sabe fazer
e oferecer.
Contamos com o
apoio de profissionais da área do serviço social, saúde, assistência jurídica e
psicológica e membros da comunidade paroquial que abraçaram esta proposta. O
contato humano, aberto e simples, direto e franco pode ser uma porta, uma
oportunidade para vencermos a indiferença e tratar a todos como irmãos e irmãs.
Works of Mercy in Campo Grande (Rio de Janeiro,
Brazil)
The Year of Mercy is over. But we know that the task
of being merciful in the world continues to be an emergency. The holy year was
an occasion to begin projects which still go on and even take on more. This is
the case in the welcome of street people which began in the parish of “Nossa Senhora do Desterro” (Our Lady of
the Exile) in Campo Grande (Rio
Janeiro, Brazil). The pastor Paulo Roberto Teixeira de Abreu sscc tells
the story.
The spiritual and
corporal Works of mercy, however human and limited they may be, are for
Christians a manifestation , simple and thorough, of the great mercy directed
to the men and women of our time, a mercy
that flows from the heart of God, rich in goodness and love. The merciful regard of God for our weaknesses
and sins, his saving action that saves us from our own sins and the evils of
the world, make us conscious of this one human task: show this same love and
mercy to others.
The Holy Year of Mercy made us take up
concretely this basic and fundamental attitude of our faith. Be merciful as your heavenly Father is
merciful. Thanks to this call of Pope Francis many families, communities,
spontaneous groups, established organizations and individuals are motivated by
this renewal in mercy. They have made advances to living a life that is more
committed and open to the needs of people suffering ever more in a world marred
by injustice and exclusion. All have helped to overcome a “globalization of
indifference.”
In our parish
community Our Lady of the Exile in
Campo Grande (Rio Janeiro, Brazil), there is a long history of regular
activities and special projects to confront the hard, complex reality of the street people (“moradores de rua” ), or as we say the homeless. We have undertaken
a new initiative to support the ones who live near us.
We were motivated
by the Year of Mercy and challenged by the stark reality of street people who
face a daily struggle alone against hunger, exposure to cold, to heat, to
floods. We came to see that often these persons are blamed by society for the
condition in which they find themselves. Society generalizes their condition as
if each one is not an individual and not without a diverse set of circumstances.
There is an indifference which renders persons invisible and therefore subjects
persons to many and grave abuses. We could treat persons as dangerous, see then
as a threat to be eliminated. We would
then be supporting a society that kills by a sluggish and silent form of
neglect. We came to a conclusion that we had to open a door of mercy.
We began as a
group of volunteers-laity, religious-to welcome a group of street people once a week every
Monday morning. We wanted to offer help however possible and build a bridge to
know up closer something of their lives.
Initially the project was to open
a door of mercy every Monday morning and to give a space for personal
hygiene, offering a shower, towel, clothes, haircuts, and a meal: coffee with
milk, bread and butter and to attend the best way possible with whatever
volunteers knew to do and make available. Now we depend on the support of
professionals in the field of social services, health, legal assistance and
psychology and on the members of the Parish council who have adopted the
project. The human contact, open, simple, direct and frank can be a door, an
opportunity to overcome indifference and to treat all as brothers and sister.
Paulo Roberto
Teixeira de Abreu ss.cc.
Œuvres de
miséricorde à Campo Grande (Rio de Janeiro, Brésil)
L’année de la
miséricorde est terminée. Mais nous savons que notre devoir de rendre la miséricorde présente dans le monde reste toujours
une urgence. L’année sainte a été l’occasion de lancer des projets qui se
poursuivent toujours et ont acquis même
de nouvelles dimensions. C’est le cas de l’accueil des gens de la rue, qui a été lancé par la
paroisse de "Nossa Senhora do Desterro", (« Notre Dame de l’exil »), à Campo Grande (Rio de Janeiro, Brésil).
Son curé, Paulo Roberto Teixeira de
Abreu sscc, nous le raconte.
Les œuvres de
miséricorde physiques et spirituelles
sont pour les chrétiens une manifestation directe, simple et entière accordée à des personnes, hommes et femmes de
notre temps, même si c’est d’une manière
humble et limitée, de la grande bonté qui s’épanche du cœur de Dieu, toujours riche
en bonté et en amour. Le regard miséricordieux de Dieu sur nos faiblesses et
nos péchés, son action pour nous libérer
de nos maux personnels et sociaux, nous fait prendre conscience de ce devoir d’homme :
être capables de manifester au monde ce même amour et cette même miséricorde de
Dieu.
En pratique, l’année sainte de la miséricorde nous a
fait revenir à cette attitude fondamentale de notre foi : « Soyez miséricordieux comme votre Père est miséricordieux. »
Grâce à cet appel du pape François, différentes familles, communautés, groupes,
organisations et même personnes
individuellement, motivés par ce renouveau de la Miséricorde, ont fait des
avancées vers une vie plus engagée et ouverte aux besoins des personnes qui
souffrent le plus dans ce monde marqué par l’injustice et l’exclusion. Ils
travaillent ainsi à dépasser la « mondialisation de
l’indifférence ».
Dans notre communauté
paroissiale, Notre Dame de l’Exil, à
Campo Grande (Rio de Janeiro, Brésil), qui a déjà une longue histoire
d’activités et de projets dans ce sens, devant le défi important qu’est la réalité dure et complexe des gens de la rue, ou comme nous
les appelons, les « sans-abri »
(« moradores de la rua »), nous nous sommes mis à travailler pour
venir en aide à ces gens qui vivent tout près de nous.
Nous avons été
motivés par l’année de la miséricorde et
interpelés par la réalité que vivent les personnes de la rue, seuls quotidiennement face à la faim, exposés à la pluie, la chaleur, au froid. Ils se
sentent souvent culpabilisés par la
société à cause de leur situation de
misère ; également la mentalité
tend à généraliser leur situation, sans tenir compte de la singularité de chaque cas ; et cela conduit à une
indifférence qui les rend invisibles aux yeux de la société, ce qui génère de graves violations et amène à traiter ces
gens comme un danger, une menace, avec
le désir plus ou moins avoué de les
éliminer. Ainsi s’installe un système qui tue de manière lente et silencieuse.
Nous sommes arrivés à la conclusion que nous devions ouvrir une porte.
Avec un groupe
de bénévoles, laïcs et religieux, nous avons commencé à recevoir une fois par
semaine, tous les lundis matins, les gens de la rue, comme service d’aide et lien pour nous rapprocher de leur
vie, pour connaître le concret de leur
existence et les aider selon nos
possibilités et leurs besoins. Le projet a consisté initialement à ouvrir une porte chaque
lundi matin, leur offrant un espace pour leur hygiène personnelle, avec salle
de bain, serviettes, vêtements, coupe de cheveux et alimentation : café au
lait, pain, beurre et une manière de servir la plus correcte possible, selon le bon vouloir et le savoir-faire de chacun.
Nous comptons sur le soutien de professionnels
dans le domaine des services sociaux, santé, assistance juridique et
psychologique et avec les membres de la communauté paroissiale
qui ont accepté cette proposition. Le contact ouvert et simple, direct
et franc, peut être une porte ouverte,
une occasion de dépasser l’indifférence et de traiter tous ces gens de la rue, comme frères
et sœurs.
Paulo Roberto Teixeira de Abreu ss.cc.
Obras
de misericordia en Campo Grande (Río de Janeiro, Brasil)
El
año de la misericordia terminó. Pero sabemos que la tarea de hacer presente la
misericordia en el mundo sigue siendo una emergencia. Este Año Santo fue una
ocasión para iniciar proyectos que continúan aún y incluso van tomando más
dimensión. Este es el caso de la acogida de las "personas de la
calle", que se inició en la parroquia de "Nuestra Señora del Destierro", en Campo Grande (Río de
Janeiro, Brasil). El párroco, Paulo Roberto Teixeira de Abreu sscc, nos lo
cuenta.
Las obras de misericordia corporales y
espirituales son para los cristianos una manifestación directa, sencilla y
completa, a los seres humanos, hombres y mujeres de nuestro tiempo, aunque sea
de una manera humana y limitada, de la gran misericordia que brota del corazón de Dios, rico en bondad y amor.
La mirada misericordiosa de Dios sobre nuestras debilidades y pecados, su
acción salvadora que nos libera de nuestros males y de los males del mundo, nos
hace conscientes de esta tarea humana: ser capaz de mostrar al mundo ese mismo
amor y misericordia.
En concreto, el Año Santo de la Misericordia nos hace
retomar esta actitud básica y fundamental de nuestra fe: "Sed misericordiosos como vuestro Padre es misericordioso."
Gracias a esta llamada del papa
Francisco, diversas familias, comunidades, grupos, organizaciones e incluso
individuos, motivados por esta renovación a la misericordia, han dado pasos
hacia una vida más comprometida y abierta a las necesidades de las personas que
más sufren en este mundo marcado por la injusticia y la exclusión, y así ayudan
a superar la "globalización de la
indiferencia."
En nuestra comunidad
parroquial, Nossa Senhora do Desterro, en
Campo Grande (Rio de Janeiro,
Brasil), que tiene ya una larga historia de actividades y proyectos en esta
dirección, ante el desafío importante que es la realidad dura y compleja de la gente en la calle, o como los llamamos,
"los sin techo" (“moradores de
rua”), se comenzó a trabajar para apoyar a estas personas que viven cerca
de nosotros.
Fuimos motivados por el
Año de la Misericordia e interpelados por una realidad donde las personas que
viven en la calle se enfrentan solas a una lucha diaria contra el hambre, la
exposición al frío, al calor y a las lluvias. A menudo son culpabilizados por
la sociedad debido a la propia situación en que se encuentran; asimismo se generaliza
su estado, haciendo caso omiso de la singularidad de cada individuo; con una indiferencia
que crea una invisibilidad que genera varias y graves violaciones, tratando a
estas personas como un peligro, como una amenaza e incluso con el deseo de
eliminarlas, apoyando así un sistema que mata de una forma lenta y silenciosa. Llegamos
a la conclusión de que podíamos abrir una puerta.
Con un grupo de
voluntarios, laicos, religiosos, comenzamos a recibir una vez por semana, todos los lunes por la mañana, gente de
la calle como un servicio de apoyo y como un puente para aproximarnos a su
realidad, a saber algo de sus vidas y ayudar en todo lo posible y necesario. El
proyecto consiste inicialmente en abrir
una puerta cada lunes por la mañana, ofreciendo un espacio para la higiene
personal, ofreciendo baño, toalla, ropa, corte de pelo, y una comida: café con
leche y pan con mantequilla y atender de la mejor manera posible, con lo que
cada uno sabe hacer y ofrecer.
Contamos con el apoyo
de profesionales en el campo de los servicios sociales, salud, asistencia legal
y psicológica y con miembros de la comunidad parroquial que han adoptado esta
propuesta. El contacto humano, abierto y sencillo, directo y franco, puede ser
una puerta, una oportunidad para superar la indiferencia y tratar a todos como
hermanos y hermanas.
Paulo Roberto Teixeira de Abreu ss.cc.
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